Ocorreu nesta terça-feira (18), no Jockey Clube, a segunda convocação da assembleia de credores da Voges. Duas propostas de compra foram abertas pelo juiz Clóvis Mattana Ramos. A primeira, de autoria da Mercosul Indústria de Motores Elétricos, que ofereceu R$ 20 milhões, sendo R$ 1 milhão de entrada, 10 dias após a homologação da venda, e outras 36 parcelas. E a segunda, apresentada pela Metalcorte Fundição Ltda., trazia o valor de R$ 22 milhões, sendo R$ 4 milhões também após 10 dias de homologação da venda e outras 60 parcelas de R$ 300 mil.
Por meio de votação eletrônica, os presentes, na grande maioria trabalhadores, rejeitaram as propostas de compra. Foram 56% que votaram contra e 46% a favor da venda.
A segunda votação seria para aprovar ou rejeitar o novo plano de recuperação judicial. Em caso de rejeição, a consequência direta seria a falência. Porém, os representantes da Voges solicitaram uma suspensão da assembleia. O judicial, Nelson Luiz Sperotto, colocou em votação esse pedido de suspensão, alertando que se não houvesse votação, poderia haver contestação e anulação da assembleia. 58.99% aprovaram a suspensão.
Vale ressaltar que o voto não era por pessoa. Mas, por percentual de valor de crédito das classes. O Banrisul, maior credor inserido da classe de garantia real, definiu a votação.
A próxima assembleia ficou marcada para 16 de julho, às 9 horas, também no Jockey Clube.