Agro Rural

Estiagem causa perdas irregulares nos cultivos de verão no Rio Grande do Sul

Lavouras de milho e soja estão entre as mais afetadas

Estiagem causa perdas irregulares nos cultivos de verão no Rio Grande do Sul Estiagem causa perdas irregulares nos cultivos de verão no Rio Grande do Sul Estiagem causa perdas irregulares nos cultivos de verão no Rio Grande do Sul Estiagem causa perdas irregulares nos cultivos de verão no Rio Grande do Sul
Foto: Vinny Vanoni/PMPA
Foto: Vinny Vanoni/PMPA

De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (26) pela Emater/RS-Ascar, o milho, tanto o grão como o destinado à silagem, e a soja são as culturas mais afetadas pela estiagem no Rio Grande do Sul.

Houve um rápido avanço na colheita do milho, que alcançou 27% da área cultivada. O milho para silagem atingiu 50% da área colhida, mas muitas lavouras destinadas à produção de grãos estão sendo utilizadas alternativamente para aumentar o volume do alimento e minimizar prejuízos. Já na soja, o índice de plantio se manteve em 98%. A cultura evolui rapidamente para o estádio reprodutivo, com 31% da área em floração e 9% em enchimento de grãos, onde a sensibilidade ao estresse hídrico aumenta consideravelmente.

Na cultura do milho, foi realizada nova avaliação dos efeitos da estiagem. A estimativa de produtividade manteve-se na região istrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul; tem perdas na de Porto Alegre; aumentam nas regiões de Erechim, Ijuí, Lajeado, o Fundo, Pelotas e Santa Rosa; e são graves nas de Bagé, Frederico Westphalen e Santa Maria. Em todo o Estado, 56.773 produtores foram atingidos.

Nas regiões mais afetadas, houve abandono de lavouras de milho, liberando-as para o consumo dos animais. Os produtores que financiaram o cultivo aguardaram a anuência dos peritos para o aproveitamento da massa verde na forma de silagem. As lavouras irrigadas apresentam potencial satisfatório, embora também sofram efeitos adversos das altas temperaturas e das elevadas taxas de evapotranspiração, que excedem a capacidade de reposição de água pela irrigação.

Com a evolução da colheita do milho silagem, as perdas causadas pela estiagem foram confirmadas. Os danos são maiores nas regiões istrativas da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Ijuí e Santa Maria; as perdas são intermediarias nas regiões de Bagé, Erechim, Pelotas e Santa Rosa; a redução é um pouco menor nas de Lajeado, o Fundo, Porto Alegre e Soledade. Os menores efeitos da estiagem estão localizados na de Caxias do Sul. Em todo o Estado, 18.523 produtores foram afetados.

Além da redução de volume, a silagem deverá apresentar redução na qualidade, pois a massa vegetal ensilada apresenta colmos e folhas menos verdes e mais fibrosas, além de menor proporção de grãos em relação ao volume total.

Já as lavouras de soja, devido às chuvas mal distribuídas e de volumes muito variáveis entre as regiões do Estado e dentro do mesmo município, estão díspares.

Apesar das precipitações irregulares, houve um agravamento na estiagem em parte do Estado, atingindo 35.354 produtores do grão. A zona mais afetada na redução da produtividade compreende as regiões istrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Maria e Santa Rosa. O decréscimo é intermediário nas de Bagé, Frederico Westphalen, Ijuí, Lajeado e Pelotas; as perdas são menores nas de Erechim, Soledade, Caxias do Sul, o Fundo e Porto Alegre.