A situação calamitosa das contas do Estado do Rio Grande do Sul deve, mais uma vez, fazer com que o décimo terceiro salário do funcionalismo estadual não seja quitado na data prevista. Nesta segunda-feira, dia 6, durante a Reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, o secretário de Planejamento, Governança e Gestão do governo Sartori, Carlos Búrigo, disse que na situação atual, o estado não teria condições de arcar com o pagamento do décimo terceiro. Com isso, a tendência é que o governo repita a estratégia adotada em 2016, quando definiu que o 13º seria pago ao longo deste ano. A 11ª parcela será quitada em novembro.
Segundo Búrigo, a situação financeira do estado ainda é muito complicada, com uma dúvida que chega aos R$ 95,3 bilhões. No mês ado, o governo se comprometeu a pagar o salário dos servidores na data prevista a partir de 30 de dezembro.
Para isso, segundo Búrigo, o governo conta com o avanço de algumas medidas, tais como a venda de ações do Banrisul e o avanço do Plano de Recuperação Fiscal. “Se nós conseguirmos ter sucesso com a renegociação da dívida, com a venda das ações do Banrisul e outras ações que nós estamos fazendo até o final do ano, nós teremos condições de pagar o salário dentro dos vencimentos. Para isso acontecer, nós precismos da assembleia, que aprove projetos importantes para que a gente possa avançar na renegociação da dívida”, argumentou.
Apesar da situação complicada, o secretário de Planejamento, Gestão e Finanças se mostrou otimista na realização das medidas e disse que o governo não trabalha com um plano B. “Não tem plano B. Eu acredito que isso vai dar certo porque eu acredito no Rio Grande do Sul, acredito na sociedade gaúcha e acredito que os deputados serão sensíveis para aprovar esses projetos que, mais do que nunca, mexem com a vida de todo o cidadão”, afirmou Búrigo.
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Questionado sobre uma possível duplicação no trecho entre Farroupilha e o Vale do Caí, o secretário disse que o governo deixará um projeto para que a próxima gestão possa avançar no tema. “Quero dizer que essa parte de Caxias do Sul até Farroupilha nós pretendemos nos próximos meses recuperar. Evidentemente que nós pensamos em deixar projetos estruturados, buscando parcerias, concessões, para que no futuro possa ser executada [a duplicação entre Farroupilha e o Vale do Caí]. Precisamos também que a economia do Brasil melhore, que a questão financeira e política melhore para nós possamos atrair investimentos para o país”, explicou.
