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Um destino temerário no bico dos tucanos

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Um destino temerário no bico dos tucanos

O nobre presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes mudou de ideia e votou pra manter o governo temerário porque antes era preciso cassar o PT, e agora quem governa são os tucanos. Ok, todo mundo sabe disso.

Acontece que, no caso da cassação da chapa, a possibilidade de uma eleição direta seria maior. Por isso, esse medo de cassar Temer agora é porque se ele fosse cassado esse precedente podia ser utilizado para as diretas já.

Então, a decisão do nobre Gilmar Mendes não foi contra a cassação do Temer. A decisão de Gilmar Mendes foi contra a possibilidade de ter eleições diretas esse ano.

Mas talvez o principal motivo é que Temer pode cair de outras duas formas: uma delas seria em um improvável processo de impeachment, e a outra é no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime comum.

O que eles querem fazer agora é cassar o Temer pelo impeachment ou por um julgamento por crime comum no STF, porque aí o presidente tem que ser eleito de forma indireta, e assim os tucanos vão ter a chance de eleger um político de forma indireta, que pasmem, pode ser o Luciano Huck ou até mesmo o próprio Gilmar Mendes.

Por isso, o temerário presidente já faz as contas pra saber se terá os 172 votos que precisa pra barrar a denúncia do Procurador-geral Rodrigo Janot e não ser processado pelo STF e seguir se equilibrando no poder até 2018.

Mas ele bem sabe que o seu destino está no bico dos tucanos, e que serão eles que vão decidir se vale a pena derrubar o temerário agora e assumir a bronca, e depois tentar adiar as eleições lá pra 2020, ou manter o governo dos corruptos e tentar a sorte nas urnas em 2018.

Por isso, o que aconteceu no TSE é uma vergonha, porque abre um precedente pra legalizar o caixa dois, mas a lição mais importante que a gente tem que ter desse episódio é que a gente não pode confiar nem nos políticos nem nos juízes.

Porque o que interessa ali não é o destino do país, mas o jogo do poder.

É claro que tem ministros honestos, políticos honestos, juízes e procuradores e promotores honestos, mas a lição do Gilmar Mendes é clara e mostra que as instituições do Brasil são feitas para os poderosos seguirem no poder.