Depois da melhoria das condições de saneamento básico, a vacina é considerada pela Organização Mundial da Saúde o maior avanço na área sanitária, um agente capaz de prevenir entre 2 e 3 milhões de mortes por ano no mundo. É normal, entretanto, associar a vacinação apenas a crianças, mas todos os públicos precisam estar atentos ao cronograma de imunização para ficarem livres de vírus ou agentes transmissores de doenças. Adultos, muitas vezes por uma autopresumida resistência a certas patologias, e idosos, por geralmente apresentarem uma imunidade mais baixa, acabam ficando expostos a enfermidades que não respeitam faixas etárias para se manifestarem, como é o caso do tétano.
Situações assim, além do risco para a saúde, podem disseminar uma onda de contágio a pessoas próximas – com as quais o relacionamento é diário –, a exemplo da gripe. Por isso, a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) defende que esses grupos respeitem as recomendações da entidade quanto à proteção vacinal – e preconiza uma defesa mais ampla para o organismo do que aquela sugerida anualmente pelo Ministério da Saúde, através do calendário de vacinação.
É preciso entender que, pelo fato de uma criança ter sido vacinada contra determinada doença, não significa que ela estará livre de contraí-la na idade adulta. No caso do tétano, mesmo quando houve a aplicação da dose enquanto criança, é recomendado que a vacina seja reaplicada a cada 10 anos – tempo pelo qual ela estará imune. Caso não tenha sido vacinado quando criança, é importante que ao adulto tome a vacina tríplice bacteriana – contra difteria, tétano e coqueluche –, ou a chamada duplo adulto – difteria e tétano. Outra vacina importante na idade adulta é a que afasta a possibilidade de contração de hepatite B, cuja transmissão do vírus ocorre por via sanguínea e pode evoluir para hepatite crônica ou para cirrose, causa mais comum de câncer de fígado.
Os adultos precisam estar especialmente atentos, ainda, em caso de viagens para lugares como Sudeste Asiático, Índia e alguns países da África, ou regiões brasileiras como o Centro-Oeste e Norte, onde há risco de contração da febre amarela – a eficácia da vacina contra os efeitos da picada do mosquito, neste caso, começa após 10 dias de sua aplicação.
No caso dos idosos, com idade a partir dos 60 anos, a vacinação contra certas enfermidades, além de ser um poderoso agente para aumentar a imunidade, é a garantia de desfrutar de mais qualidade de vida. Nessa faixa etária, cinco vacinas são indicadas: gripe, pneumonia pneumocócica, tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche), hepatite B e herpes zóster.
As vacinas são agentes capazes de oferecer proteção entre 90% a 100% das pessoas – os casos de não atendimento são baixíssimos, ocasionados por diversos fatores, entre os quais o tipo de vacina ou a resposta deficitária do organismo, que não produziu a imunização esperada. Antes de serem colocadas no mercado, as vacinas seguem rigorosos padrões de exigência e qualidade em todas as etapas, das pesquisas aos testes em animais e humanos, obedecendo severos protocolos éticos. Após, as agências reguladoras governamentais avaliam os resultados e liberam o uso – no Brasil, o órgão responsável é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Com as vacinas, muitas doenças foram erradicadas do mundo. A síndrome da rubéola congênita, por exemplo, chegou a esse patamar nas Américas em 2015. Uma prova de que, com mais pessoas imunes, menor será a circulação de vírus e bactérias, garantindo mais saúde à população.
Especializada em imunizações, a Clínica Vaccinare atende, em Bento Gonçalves, oferecendo todas as vacinas recomendadas pela SBIm, com atendimento ambulatorial e, também, domiciliar, mediante agendamento. A Vaccinare fica na Rua 13 de Maio, nº 581, sala 113, em Bento Gonçalves. Mais informações pelos telefones (54) 3451.6100, 3454.7172 e 3451.6669.